recusamos moda fácil de achincalhar os preceitos. Graciliano Ramos. May 15, 1951. Fraseologismo. /ʁekuˈzɐmus ˈmɔdɐ ˈfasjw dʒi aʃĩkaˈʎaʁ uz pɾeˈsejtus/. Defesa de que a inovação e a liberdade formal devem ser frutos de profundo conhecimento e necessidade estética real, e não de algum movimento superficial ou mera ideologia de ruptura. Category: Movimento literário. Cotext: "Nunca trouxemos desarranjos às letras. De 1922 a 1930 obstinaram-se em virá-las pelo avesso. Só num Estado, São Paulo, de uma revolução partiram quatro sub-revoluções. E em toda parte moços apressados e afoitos compuseram romances numa semana e dúzias de poemas num dia. Aperrearam a gramática, buliram com palavrinhas inofensivas. O pronome, bambo, mesquinho, oblíquo, afeito a escorar-se, a meter-se nos cantos dos períodos, foi obrigado a servir de porteiro. Um sarapatel medonho, em suma. Rolaram anos. Vieram rugas, embotaram-se os dentes — e numerosos homens sem rei nem lei, partidários da liberdade completa, entraram no bom caminho, e hoje, cristãos-novos exaltados, impõem a norma.4 Aqui todos nós, ou quase todos, recusamos a moda fácil de achincalhar os preceitos; nenhum de nós, creio, exigiu o direito singular de meter os pés pelas mãos. Por mim, assevero honestamente que, se deixo de flexionar o infinitivo conforme as regras, ofendo a regência, atrapalho modos e tempos, não sou arrastado por ideias subversivas, mas apenas pela ignorância.". Reference: Ramos, G. Garranchos. Rio de Janeiro: Record, 1984. 378p. p. 318.