causa do impulso. Graciliano Ramos. Jul 15, 1945. Substantivo. /ˈkawzɐ du ĩˈˈpulsu/. Motivação da ação ou comportamento da personagem, que não deve ser justificada ou julgada pelo autor, mas mostrada objetivamente, sem moralismo. Category: Narrador. Cotext: "Dizer que um ato reprovável foi praticado porque o seu autor obedeceu a impulso irresistível é pouco: isto satisfaz o leitor de notas policiais. Seria razoável que tentassem descobrir a causa do impulso, não se limitassem a apresentar-nos o comerciante incendiário como desonesto, o assassino como um sujeito perverso ou louco. Admitimos sem esforço a desonestidade e a loucura, mas precisamos saber por que elas existem, não queremos que sejam presentes do escritor às personagens. [...] [...] Mas a obrigação do romancista não é condenar nem perdoar a malvadez: é analisá-la, explicá-la. Sem ódios, sem ideias preconcebidas, que não somos moralistas. Estamos diante de um fato. Vamos estudá-lo friamente. Parece que este advérbio não será bem recebido. A frieza convém aos homens de ciência. O artista deve ser quente, exaltado. E mentiroso.". Reference: Ramos, G. Linhas tortas. Rio de Janeiro: Record, 1984. 306p. p. 258-259.